
É difícil contemplar a magia da paz quando a pessoa ainda não encontrou a concórdia consigo mesma. A mente inquieta projeta suas sombras no mundo, acreditando que o conflito está fora, quando na verdade ele nasce dentro.
A ausência de serenidade interior distorce a percepção da realidade e faz com que o indivíduo busque fora aquilo que somente pode ser encontrado no silêncio da alma.
Qualquer tentativa humana de influenciar o mundo em favor da harmonia, quando não há harmonia interior, é apenas uma fuga disfarçada, um esforço para modificar o externo enquanto o interno permanece turvo e desordenado.
A verdadeira paz é um fenômeno de dentro para fora. Ela surge quando a pessoa se reconcilia com sua própria história, aceita a impermanência da vida e compreende seu papel no vasto movimento do universo.
Não é o ambiente que define a paz, mas o olhar que o contempla. Quando o ser humano reconhece a si mesmo como parte inseparável do todo, cessa a luta por controle e nasce a confiança silenciosa na ordem da existência.
Nesse instante, a paz deixa de ser uma meta a ser alcançada e se revela como a natureza essencial do próprio ser.
Meditação Matutina.
Acharya Tadany.
Pune, 9 June 2012.
Tadany Um refúgio para a alma e um convite à consciência.
