Caminhando na selva de concreto
Notei que esta prisão faz meu coração doer
Como a Mãe que acidentalmente perde o feto
Pergunto-me porque nestes lugares todos querem viver?
Talvez o nascer seja a maior dor humana
Porque muitos não sabem o que fazer
Passam anos martirizando na lama
Com medo de buscar o que desejam ser
Correm nas esquinas como vilões do dia
Choram nos cantos íntimos do coração
Ignoram as respostas da filosofia
E cegamente tornam-se escravos da religião
Espalham suas lamúrias pela atmosfera
E suas almas são comercializadas como qualquer comida
Jamais se inspiram pela Deusa Quimera
E por isso buscam fuga num copo de bebida
Pensam que a fama é o novo nirvana
E por isso se destroem para ter mais possessões
Perdem o contato com a pureza humana
E seus valores são mais supérfluos que mexilhões
Choram, gritam, reclamam e esquecem
Para seguir adiante com o círculo vicioso
Agrupam-se em bandos que se merecem
Não importando o quanto isto seja doloroso
Mas para quebrar este ciclo maldito
Basta escutar o que o coração nos diz
E ver que estamos de passagem ao infinito
E que viver deve significar ser feliz.
(Tadany Cargnin dos Santos – 28 03 04)
Executivo Internacional. Cidadão Global. Palestrante. Poeta. Escritor. Pensador. Counsellor. Espiritualizado. Alegre. Curioso. Dinâmico. Profundo. Agradecido. Aventureiro. Tadany é formado em Administração de Empresas pela UFSM. Já trabalhou em muitos países ao redor do mundo e, atualmente, é Gerente de Globalização na IBM Índia. Ademais, por 3 anos, ele também estudou Advaita Vedanta num monastério nos Himalayas (Índia) com o Swamy Dayananda Sarasvati (www.dayananda.org).
PS: Para citar este Poema:
Cargnin dos Santos, Tadany. Tijolos de frieza . www.tadany.org®