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Uma Eterna Despedida

Quando nascemos, nos despedimos do útero materno

Quando estamos alegres, nos despedimos da tristeza

Quando crescemos, nos despedimos da infância

Quando estamos gratos, nos despedimos do egoísmo

Quando estamos maduros, nos despedimos dos pais

Quando nos aceitamos, nos despedimos da raiva

Quando nos formamos, nos despedimos da Universidade

Quando oramos, nos despedimos do vazio existencial

Quando nos casamos, nos despedimos da solteirice

Quando aprendemos, nos despedimos da ignorância

Quando procriamos, nos despedimos da pressão social

Quando mudamos, nos despedimos do passado

Quando nos aposentamos, nos despedimos do trabalho

Quando nos encorajamos, nos despedimos de medos

Assim, no transcurso da vida, naturalmente nos despedimos…

Nos despedimos de coisas

Nos despedimos de invejas descabidas

Nos despedimos de ideais

Nos despedimos de ganâncias malparidas

Nos despedimos de desejos

Nos despedimos de arrogâncias indevidas

Nos despedimos de pessoas

Nos despedimos de insignificâncias desmedidas

E no último segundo, como um último suspiro, nos despedimos da própria vida.

PS: Para citar esta Poética Despedida:

Cargnin dos Santos, Tadany. Uma eterna despedida.